Já não conheço outro caminho
fecho os olhos à multidão e aos olhares de escárnio
e podridão.
Segurarei esta flor seja onde for
sob qualquer olhar
de censura de uma cabra qualquer.
Plantarei um jardim
e mesmo no meio da cidade esta flor viverá
eterna enquanto em mim as raízes encontrarem colo.
Mesmo que nos tentem tirar toda
a água e o ar e a luz e o dar,
restará para sempre o ferro
guardado, impregnado nos prédios velhos que escondem
alimento e todos os sais que nos corpos
resvalam sem sentido, encontrarão
identidade e um trajecto escondido
dentro dessa palavra tão estranha e
absoluta a que chamam amor.



Já não conheço outro caminho