Não me chamou irmão mas o trigo salpicado
e batido na eira dividiu-se.
Na partilha, uma mão uniu o que as mãos inertes
não agarraram e em forma de ouro transformadas
saldaram o sal.
Das árvores um fruto colhido escolhido
com bicho e do melro uma canção
e a carne dividida unida e o azul raiado e o tom
do silêncio mais forte que o supra-segmento
adoçaram o sal.
Não me chamou irmão mas a mão amparada estendida
com o peso do caminho no ombro suportado
e o azul rasgado pelo verde escurecido
soldaram o sol.
Da árvore, duas folhas e um fruto.