Não quero mais nada
quero parar e ver-te no meio das varinas
à procura da frescura que mais me agrada
só para me agradares.
E quanto me agrada
ver-te assim, a cansares-me as pernas
que por gosto se cansam de tanto te seguir
de porto em porto,
parando, quando muito,
de vez em quando,
para me apanhares
e me olhares nos olhos
e veres-me a ver-te
a olhar para ti,
por entre os gritos das gaivotas e o sibilar
dos seus voos
[com todo o carinho e sem saudades.
E é um grito que se abafa quando olho
do Sítio para aquele mar todo lá em baixo
onde as pessoas que como formigas
se banham e queimam
desconhecem
[porque somos só mais dois na multidão]
a felicidade de te ter
e ver ser
e saber-te minha.